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Foto: Freepik

Alimentação e microbiota: dupla que pode prevenir o colesterol alto

DIA DO COLESTEROL

O que você come pode ajudar ou atrapalhar o controle do colesterol. Especialistas destacam a importância do diagnóstico precoce e de hábitos preventivos — entenda.

Tempo de Leitura: 4 minutos

Nesta sexta, 8 de agosto, Dia Nacional de Combate ao Colesterol, milhões de brasileiros convivem com um “assassino silencioso” sem saber. O colesterol alto não apresenta sintomas, mas é responsável por inúmeros casos de infarto e AVC. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o colesterol elevado é responsável por cerca de 40% das mortes por doenças cardiovasculares no Brasil, e é um dos principais fatores de risco.

Cerca de quatro em cada dez brasileiros apresentam níveis de colesterol fora do ideal, segundo alerta da médica endocrinologista Dra. Sandra Campos, do Hospital Unique. O número preocupa profissionais da saúde e se deve, principalmente, ao estilo de vida atual: alimentação rica em ultraprocessados e gorduras saturadas, sedentarismo, tabagismo, estresse crônico e baixa adesão a exames preventivos.

O colesterol alto, especialmente o LDL, está diretamente associado a doenças cardiovasculares como infarto, acidente vascular cerebral (AVC), aterosclerose e doença arterial periférica. É um fator de risco silencioso, mas muito perigoso”, explica a médica.

Segundo o Ministério da Saúde, essas doenças são a primeira causa de mortalidade no Brasil, com 300 mil mortes anuais, cerca de 40% da população brasileira tem o colesterol elevado.

Quando o colesterol total está acima do normal é considerado um perigo por não dar sinais. Por isso é tão importante fazer o check-up pelo menos uma vez no ano“, alerta a nutricionista Genalva Couto, da Cliagen.

Infelizmente, algumas pessoas só tomam conhecimento do problema quando sofrem um infarto ou AVC.

Contrariando mitos populares, a nutricionista esclarece: “O principal deles é dizer que o colesterol é prejudicial à saúde”. O colesterol possui funções essenciais como produção de hormônios sexuais, vitamina D e ácidos biliares, além de integrar a membrana celular. O problema está no desequilíbrio.

A lipoproteína de baixa densidade (LDL) transporta o colesterol para os tecidos, enquanto o HDL remove o colesterol da parede arterial e leva de volta ao fígado“, explica Genalva. O vilão é a oxidação do LDL, que forma placas de ateroma nas artérias.

Mas quando devemos começar a nos preocupar? Segundo o Ministério da Saúde, o rastreamento deve começar aos 35 anos para homens e 45 anos para mulheres, antecipando para os 20 anos em casos de risco cardiovascular. “Para crianças de 2 a 8 anos em caso de obesidade e pais com doença cardiovascular, e demais crianças entre 9 e 12 anos”, orienta a profissional.

 

A alimentação como protagonista

Por isso, a alimentação surge como protagonista tanto no desenvolvimento quanto na prevenção da hipercolesterolemia. Entre os vilões identificados pela especialista estão “alimentos de origem animal ricos em gorduras, gordura trans, óleo de coco, frituras, leite integral, queijos amarelos, embutidos como salsicha, calabresa, salame e presunto, além dos açúcares”.

Por outro lado, a natureza oferece poderosos aliados:

Para prevenção devemos utilizar alimentos ricos em gorduras boas, como abacate, castanhas, peixes, azeite de oliva e linhaça, além de alimentos ricos em fibras como frutas e verduras“, recomenda Genalva.

O papel da microbiota intestinal

A saúde intestinal influencia diretamente o colesterol. “Existe sim uma conexão, que depende da qualidade da nossa microbiota“, revela a nutricionista. As bactérias são responsáveis pela produção de substâncias como butirato e propionato, que reduzem a produção de LDL no fígado e sua absorção.

Para fortalecer essas bactérias benéficas: “Banana, aveia, cebola, alho, aspargos, linhaça e beterraba são ricos em fibras que alimentam as bactérias benéficas do intestino.”

Estilo de vida completo

Além da alimentação, “a prática regular de exercício físico e um sono reparador” são fundamentais. Para quem descobriu colesterol alto, três passos: “Mudança no estilo de vida, orientação nutricional e sobre exercício físico, além da redução do estresse.

Sobre chás “milagrosos”, Genalva alerta:

O tratamento médico convencional deve ser seguido. Os chás não estão isentos de efeitos colaterais, por isso a necessidade de acompanhamento médico e nutricional.

O controle passa principalmente pela mudança de hábitos. “Dieta saudável e atividade física são a base. Alimentar-se bem, com frutas, legumes, fibras e gorduras boas, e manter uma rotina de exercícios físicos ajudam a reduzir o colesterol LDL”, afirma a médica Dra. Sandra Campos.

O Colesterol – substância essencial

O colesterol é uma substância essencial para o correto funcionamento do organismo, que compõe estruturas das células do coração, intestino, músculos, pele, fígado, nervos e cérebro. Ainda atua na digestão e na formação de alguns hormônios e vitaminas.

No entanto, sua ingestão deve ser controlada, para que essas as taxas de colesterol no sangue permaneçam equilibradas. Altas taxas de colesterol são determinadas por fatores genéticos e também alimentares.

De acordo com a endocrinologista, apesar da má fama, o colesterol é um tipo de gordura essencial para o funcionamento do corpo. Ele está presente em todas as células e é necessário para a produção de hormônios, vitamina D e ácidos que auxiliam na digestão. Cerca de 70% do colesterol é produzido pelo próprio organismo e os outros 30% vêm da alimentação.

O problema surge quando há um desequilíbrio, principalmente com o aumento do LDL, o chamado “colesterol ruim”. Ele pode se depositar nas artérias, levando à formação de placas que comprometem a circulação do sangue, elevando o risco de complicações graves.

→ O colesterol alto é um adversário silencioso, mas controlável. Com acompanhamento profissional e mudanças no estilo de vida, é possível manter níveis saudáveis e uma vida mais longeva.

 

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