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Foto: Freepik

Anvisa proíbe produtos de unha em gel por risco à saúde

RISCO À SAÚDE

A Anvisa proibiu produtos de unha em gel que contêm substâncias ligadas a câncer e infertilidade. Veja os prazos e o alerta de especialistas.

Tempo de Leitura: 2 minutos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma nova resolução que proíbe o uso de duas substâncias químicas presentes em produtos para esmaltes e unhas em gel, após comprovação de riscos à saúde, como câncer e problemas reprodutivos. A medida, divulgada em 29 de outubro de 2025, coloca o Brasil em conformidade com as normas da União Europeia, que recentemente adotou a mesma restrição.

As substâncias banidas, TPO (óxido de difenil [2,4,6-trimetilbenzol] fosfina) e DMPT (N,N-dimetil-p-toluidina), são amplamente utilizadas para endurecer produtos que precisam ser expostos à luz ultravioleta (UV) ou LED. No entanto, estudos internacionais identificaram que o DMPT é potencialmente cancerígeno, enquanto o TPO apresenta toxicidade reprodutiva, podendo comprometer a fertilidade de quem entra em contato com o produto.

Além disso, segundo especialistas, essas substâncias podem causar efeitos cumulativos no organismo, o que torna o risco ainda mais preocupante. Por esse motivo, a Anvisa decidiu agir de forma preventiva, suspendendo seu uso em todo o território nacional.

Prazos e obrigações para fabricantes e salões

Com a nova regra, a fabricação, importação e registro de produtos contendo TPO ou DMPT estão imediatamente proibidos. Já o comércio e o uso em salões de beleza devem ser interrompidos em até 90 dias. Após esse prazo, a Anvisa cancelará os registros existentes e determinará o recolhimento dos produtos que ainda estiverem disponíveis.

Dessa forma, empresas e profissionais do setor de beleza precisarão rever seus estoques e substituir os produtos que contenham essas substâncias por alternativas seguras e devidamente registradas.

Especialista alerta para riscos também no uso doméstico

A toxicologista e coordenadora de Toxicologia Ocupacional do Lab-to-Lab Pardini, unidade de negócio do Grupo Fleury que atua com a marca Diagnoson a+ na Bahia, Maria Clara Sampaio, ressalta que, embora o risco seja maior para profissionais que manipulam os produtos com frequência, o uso doméstico também representa perigo.

O ideal é que consumidoras evitem produtos sem registro atualizado na Anvisa e que salões estejam atentos à composição dos itens utilizados”, alerta a especialista.

Segundo ela, as substâncias químicas podem penetrar na pele e, com o tempo, gerar efeitos cumulativos, mesmo em exposições ocasionais. Por isso, a atenção com a procedência dos produtos é fundamental, tanto para profissionais quanto para consumidoras.
Além do risco direto, há também preocupação com o descarte inadequado desses produtos, que podem contaminar o meio ambiente e agravar os impactos à saúde coletiva.

Medida visa proteger consumidores e profissionais de beleza

Com a decisão, a Anvisa reforça seu compromisso com a saúde pública, buscando proteger consumidores e, principalmente, profissionais de beleza que têm contato frequente com essas substâncias tóxicas.

Além disso, a resolução estimula boas práticas no setor cosmético, incentivando a inovação segura e o alinhamento com padrões internacionais de qualidade. Portanto, a medida representa um avanço significativo na segurança dos produtos cosméticos no Brasil, contribuindo para um mercado mais responsável e consciente dos riscos químicos.

Dessa forma, a proibição não apenas protege quem utiliza os produtos, mas também reforça a importância da fiscalização e da transparência na indústria da beleza.

 

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