A Medicina do Sono vem ganhando cada vez mais destaque no Brasil diante do aumento dos diagnósticos. Isso porque o sono não é apenas um momento de repouso. Na verdade, trata-se de um processo vital para a recuperação do corpo e da mente.
Além disso, dormir mal de forma crônica vai muito além do cansaço. Esse hábito pode acelerar o envelhecimento, aumentar a vulnerabilidade a doenças e, portanto, comprometer seriamente a qualidade de vida.
Disciplina e rotina no sono
O sono é um comportamento que exige disciplina e constância. Por isso, manter horários regulares para dormir e acordar é essencial, já que permite que o corpo se acostume a um ritmo natural, regulando o ciclo de sono e vigília.
Dessa forma, pequenos ajustes na rotina, aliados ao autoconhecimento, podem trazer resultados significativos. Assim, é possível melhorar a qualidade do descanso, prevenir distúrbios futuros e, consequentemente, promover saúde e bem-estar a longo prazo.
Especialista reforça importância do diagnóstico precoce
A Dra. Cristina Salles, uma das principais referências em Medicina do Sono na Bahia e no Brasil, alerta para os riscos de negligenciar o problema. Ela reforça a importância da identificação precoce e do tratamento adequado.

“A qualidade do nosso descanso depende diretamente dos hábitos e das atividades que realizamos ao longo do dia e, principalmente, da forma como nos comportamos na hora de dormir. Comer em excesso, consumir café à noite ou ficar exposto à luz artificial são práticas que interferem no sono, um processo fisiológico essencial à saúde”, enfatiza Dra. Cristina Salles.
Números que preocupam
As pesquisas reforçam a gravidade do problema. Além disso, os dados revelam que os distúrbios do sono atingem diferentes faixas etárias e se tornam ainda mais comuns com o envelhecimento. Um estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em 2023, aponta que 72% da população brasileira apresenta problemas relacionados ao sono, com destaque para insônia e apneia.
Já uma pesquisa conduzida pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) mostra que entre 45,9% e 58,6% dos brasileiros com mais de 50 anos sofrem de insônia, o que evidencia a crescente prevalência desse distúrbio entre idosos.
Questão de saúde pública
Diante desse cenário, a Dra. Cristina Salles considera que os distúrbios do sono devem ser tratados como um problema de saúde pública.
“Esses números reforçam a necessidade urgente de promover conscientização, diagnóstico precoce e tratamentos eficazes”, ressalta.
