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Foto: Divulgação

Diagnóstico do filho de Wesley Safadão reforça atenção para tumores ósseos no crânio

TUMOR NO CRÂNIO

Neurocirurgiã explica sinais de alerta, exames e possibilidades de tratamento para casos raros que afetam crianças e adolescentes.

Tempo de Leitura: 2 minutos

O adolescente Yhudy Lima, de 14 anos, filho do cantor Wesley Safadão e da influenciadora Mileide Mihaile, passou por uma cirurgia em São Paulo após ser diagnosticado com um tumor no osso parietal, localizado na lateral do crânio.

O quadro, embora considerado benigno, chamou a atenção pela necessidade de intervenção rápida e pelo impacto que pode ter na rotina de crianças e adolescentes. Exames preliminares apontaram para um granuloma eosinófilo, forma localizada da histiocitose de células de Langerhans, condição que exige acompanhamento médico especializado.

Segundo familiares, antes do diagnóstico o jovem apresentava dores de cabeça persistentes, o que levou à investigação médica.

Importância de identificar sinais de alerta

De acordo com a neurocirurgiã Dra. Ingra Souza, tumores ósseos no crânio são pouco comuns, mas requerem cuidado especial devido à proximidade com o cérebro.

Mesmo quando benignos, esses tumores podem provocar sintomas neurológicos pela compressão de estruturas vizinhas. Dores de cabeça recorrentes, inchaço na região ou alterações neurológicas devem ser sinais de alerta para procurar avaliação médica”, orienta.

Exames confirmam diagnóstico e orientam tratamento

O diagnóstico desse tipo de lesão costuma envolver exames de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética. Além disso, a biópsia é fundamental para confirmar a natureza do tumor e orientar o tratamento adequado.
No caso de Yhudy, a cirurgia teve como objetivo remover a lesão e permitir a análise detalhada do material, essencial para descartar outras doenças.

A biópsia é indispensável para orientar a conduta. Em lesões benignas localizadas, muitas vezes a cirurgia é suficiente, mas casos multifocais podem exigir tratamentos complementares, como corticóides ou quimioterapia”, explica a especialista.

Sintomas que merecem atenção

Entre os sinais mais comuns estão dor local, sensibilidade óssea, cefaleia persistente e, em alguns casos, saliências no couro cabeludo. Dependendo da região afetada, também podem ocorrer crises convulsivas ou déficits motores.

Nesse sentido, a Dra. Ingra reforça a necessidade de valorização dos sintomas relatados por crianças e adolescentes.
Um adolescente que apresenta dor de cabeça frequente e localizada merece investigação. Muitas vezes o sintoma é atribuído ao estresse ou à rotina, mas pode estar associado a alterações estruturais”, destaca.

Opções de tratamento e acompanhamento

O tratamento varia de acordo com a extensão e a gravidade da lesão. Na maioria dos casos, a cirurgia é o primeiro recurso. Já em situações específicas, podem ser indicadas infiltrações de corticóides, radioterapia de baixa dose ou tratamentos sistêmicos.

O prognóstico em casos de granuloma eosinófilo é geralmente favorável, mas a vigilância é parte essencial do cuidado. A proximidade com estruturas cerebrais faz com que qualquer alteração precise ser acompanhada de perto”, acrescenta a neurocirurgiã.

O acompanhamento médico periódico é indispensável para garantir a recuperação e reduzir o risco de recidivas.

Conscientização e diagnóstico precoce

Embora o caso de Yhudy esteja evoluindo bem, especialistas avaliam que a repercussão pode contribuir para a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce.

A visibilidade desse caso pode alertar famílias e profissionais de saúde para que sintomas como cefaléia persistente ou inchaços cranianos não sejam subestimados. Quanto mais cedo o diagnóstico, maior a chance de preservar funções neurológicas e garantir boa qualidade de vida”, conclui a Dra. Ingra Souza.

Dra. Ingra Souza
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