Respirar é um ato automático, mas também é um sinal importante do estado geral de saúde. Quando os pulmões estão fragilizados, todo o corpo sofre. Além da poluição e do cigarro, fatores já conhecidos, existem ainda hábitos cotidianos que podem comprometer a saúde respiratória e que, muitas vezes, passam despercebidos. Por isso, a prevenção ganha ainda mais relevância.
“O pulmão é um dos órgãos mais sensíveis do corpo humano e sofre com tudo o que respiramos e com a forma como vivemos”, explica o médico Gilberto Ururahy, diretor-médico especializado em medicina preventiva da MedRio Check-up.

Sintomas que parecem simples podem indicar alerta
De acordo com Ururahy, os problemas respiratórios não estão ligados apenas ao fumo. Pelo contrário, eles envolvem também diferentes aspectos do estilo de vida.
“A poluição, o cigarro, o excesso de peso, as noites mal dormidas e até o estresse estão diretamente ligados ao surgimento de problemas respiratórios e cardiovasculares. Muitas vezes, o sintoma começa pequeno, como uma tosse persistente ou um cansaço ao subir escadas, mas pode ser o início de algo mais sério.”
Fatores do dia a dia que afetam os pulmões
Portanto, é fundamental observar como hábitos aparentemente comuns podem influenciar diretamente a saúde pulmonar:
• Fumo e poluição – são os inimigos clássicos. Além de liberarem partículas que inflamam as vias aéreas, também reduzem a capacidade respiratória e aumentam o risco de câncer de pulmão e doenças cardíacas.
• Infecções mal tratadas – quando uma gripe ou bronquite é ignorada, pode deixar cicatrizes nos pulmões. Como consequência, a função respiratória diminui e surgem complicações mais graves.
• Sedentarismo – quem se movimenta pouco acaba perdendo capacidade pulmonar. Em contrapartida, o exercício físico regular faz os pulmões expandirem melhor, fortalecendo não apenas a respiração, mas também a circulação.
• Sono de má qualidade – noites mal dormidas elevam o estresse. Além disso, aumentam a produção de cortisol, hormônio que enfraquece a imunidade e deixa o pulmão mais vulnerável a infecções e inflamações.
• Estresse crônico – além de prejudicar coração e mente, ele também altera o padrão da respiração, deixando-a curta e superficial. Assim, a oxigenação do organismo fica comprometida.
Prevenção é a chave para manter a saúde respiratória
Diante desse cenário, o especialista ressalta que é essencial agir cedo e valorizar os sinais emitidos pelo corpo.
“Quanto antes detectamos uma alteração, mais chances temos de tratar e evitar complicações. Mas mais importante ainda é prevenir antes que a doença apareça.”
Dia Mundial do Pulmão reforça importância dos cuidados
Por isso, o Dia Mundial do Pulmão, celebrado em 25 de setembro, funciona como um convite para refletir sobre escolhas diárias que podem prolongar a capacidade de respirar bem e viver com mais qualidade.
“Cuidar do pulmão é cuidar da vida. E cada escolha diária, do que comemos ao ar que respiramos, pode ajudar a garantir uma respiração saudável e uma vida mais longa”, conclui Ururahy.
