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Foto: Freepik

Entenda o distúrbio hormonal que afeta 10% das mulheres

OVÁRIOS POLICÍSTICOS

Hábitos de vida podem contribuir exponencialmente para equilíbrio endócrino e controle dos sintomas

Tempo de Leitura: 2 minutos

Setembro é o mês de conscientização sobre Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), distúrbio hormonal que atinge cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva, segundo estimativa da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). A condição é caracterizada pela produção elevada de hormônios masculinos, em especial a testosterona, podendo levar a formação de múltiplos cistos nos ovários e causar várias repercussões negativas na saúde e qualidade de vida das pacientes.

“Cerca de dois milhões de brasileiras sofrem com ovários policísticos e, por isso, a informação é fundamental para promover o diagnóstico precoce e a prevenção de complicações decorrentes dessa patologia que é crônica e multifatorial”, afirma o ginecologista Airton Ribeiro, diretor médico da CAM.

Sintomas
Ciclos menstruais irregulares ou ausência deles, maior risco de obesidade e acúmulo de gordura abdominal (visceral), dislipidemia (elevação anormal nos níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue), hirsutismo (aumento de pelos em locais onde só é comum nos homens), acne, complicações cardiovasculares, síndrome metabólica e infertilidade, são algumas das inúmeras implicações que podem ser causadas pelo distúrbio hormonal.

A doença cística do ovário se manifesta de modo diferente em cada paciente, algumas têm um quadro com sintomas mais leves e outras podem desenvolver formas mais graves, inclusive com risco aumentado para resistência à insulina e, consequentemente, propensão para desenvolver a diabetes tipo 2”, ressalta o médico.

Embora suas causas sejam pouco conhecidas, o distúrbio, também conhecido como “Síndrome de Stein-Leventhal”, é associado a fatores genéticos e desequilíbrios hormonais. Segundo o especialista, mudanças no estilo de vida, com adoção de alimentação saudável e rica em fibras, controle do estresse e prática regular de atividade física, são as primeiras recomendações para a redução dos sintomas.

É fundamental restringir o consumo de carboidratos simples e evitar alimentos ultraprocessados, com alto teor de açúcar refinado e gorduras saturadas e trans, que podem causar picos de glicose, piorando o quadro geral da paciente”, esclarece o médico. “A perda de peso também pode contribuir, consideravelmente, para melhorar sua condição”, acrescenta.

Quando as medidas relacionadas aos hábitos de vida não são suficientes para amenizar os sintomas do distúrbio endócrino, é necessário recorrer ao tratamento medicamentoso, que será sempre individualizado de acordo com a necessidade da paciente, podendo ser feito com anticoncepcionais, diuréticos, antidiabéticos, dentre outros. “A indicação cirúrgica para retirada dos cistos ou dos ovários não é comum, mas também pode ser uma alternativa para casos mais graves, quando a paciente não responde ao tratamento farmacológico”, finaliza o diretor médico da CAM.

 

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