No mês de conscientização para o combate à AIDS, destaca-se um importante alerta para a prevenção, diagnóstico e tratamento da síndrome, que já infectou 85,6 milhões de pessoas em todo o mundo desde 1981, quando os primeiros casos foram conhecidos. Desse total, 40,4 milhões perderam a vida, de acordo com informações da Unaids. Na Bahia, foram notificados 2.304 casos de HIV em 2023, conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab).
O infectologista Claudilson Bastos destaca que a pandemia de AIDS ainda existe e a síndrome pode evoluir para uma situação grave, se não diagnosticada nem tratada precocemente. O especialista pontua ainda a importância de fazer testes em casos de sexo desprotegido ou de qualquer outro comportamento de risco.
Os exames podem ser realizados nas redes públicas e privadas. “Manter a segurança e a prevenção nas relações sexuais é fundamental, uma vez que esta é uma das principais formas de transmissão do vírus. Por isso, em uma situação de sexo sem proteção, o recomendado é que o indivíduo busque um posto de saúde ou um laboratório para fazer o teste”, informa o médico, esclarecendo que o exame deve ser realizado 28 dias após o ato sexual desprotegido.
“Após contrair o vírus, a pessoa tem o que se chama ‘janela imunológica’, em que não há como detectar o vírus pelos métodos diagnósticos convencionais. Isto se chama período de incubação, que pode durar, em média, quatro semanas”, pontua.
O infectologista salienta que, uma vez diagnosticado o HIV/AIDS, a pessoa deve procurar um centro de referência ou especialista para avaliar o tratamento antirretroviral adequado, com os medicamentos oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“Uma vez sendo diagnosticada e tratada, a PVHA (Pessoa Vivendo com HIV/Aids) que se fizer o tratamento de forma regular terá uma vida longa como qualquer outro indivíduo. Isso porque, cada vez mais, temos novas medicações com mais eficácia, menos eventos adversos e posologia e com melhor qualidade de vida”, informa.
Confira a “Entrevista com o Especialista“ deste mês com o infectologista Dr. Claudilson Bastos, professor adjunto de Medicina na Universidade Estadual da Bahia, preceptor da residência médica e coordenador de ensino e pesquisa no Instituto Couto Maia. Nessa entrevista, ele aborda questões relacionadas ao HIV, à AIDS e ao HTLV.