Bahia registra 18 casos de coqueluche e confirma óbito
Foto:Marcio Rocha/Saúde GovBA
COQUELUCHE
Bahia registra 18 casos de coqueluche e confirma óbito em 2024
O ano marcou também o registro de um óbito causado pela doença, ocorrido em 12 de novembro
Por:Susy Moreno | 21/11/2024 às 23:47

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep), identificou 81 casos suspeitos, sendo 18 confirmados para coqueluche em 2024.

O ano marcou também o registro de um óbito causado pela doença, ocorrido em 12 de novembro. A vítima foi uma bebê de 9 meses, residente em Teixeira de Freitas, que não havia recebido nenhuma vacina do calendário básico de imunização. Durante a internação, a criança apresentou resultados positivos para coqueluche, Covid-19, rinovírus e adenovírus. Este foi o primeiro óbito pela doença no estado desde 2019.

Até a 46ª Semana Epidemiológica, os 81 casos suspeitos de coqueluche foram notificados, com destaque para as regiões Extremo Sul, Centro Leste e Leste da Bahia. Destes, 18 casos foram confirmados (22%), sendo 11 em Teixeira de Freitas, que enfrenta um surto da doença. Salvador registrou quatro casos, Bom Jesus da Lapa dois, e Euclides da Cunha um.

A faixa etária dos pacientes varia de um mês a 32 anos, com 45% dos casos confirmados em crianças menores de um ano. Apesar de ser uma doença imunoprevenível, a coqueluche segue como um desafio de saúde pública, sobretudo entre lactentes, devido à alta transmissibilidade e risco de complicações graves, incluindo óbitos.

A Sesab reforça a importância da vacinação para prevenir a doença e destaca que a investigação laboratorial de casos é essencial para diagnóstico precoce, tratamento e controle da disseminação.

A coqueluche
De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada por bactéria (Bordetella Pertussis). Está presente em todo o mundo. Sua principal característica são crises de tosse seca. Pode atingir, também, traqueia e brônquios. Crianças menores de seis meses podem apresentar complicações da coqueluche que, se não tratada corretamente, pode levar à morte.

Transmissão
A MS afirma que a transmissão da coqueluche ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. Em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes.

Prevenção
A vacinação é o principal meio de prevenção da coqueluche. Crianças de até 6 anos, 11 meses e 29 dias devem ser vacinadas contra a coqueluche. O Sistema Único de Saúde (SUS) também oferta vacina específica para gestantes e profissionais de saúde que atuam em maternidades e em unidades de internação neonatal, atendendo recém-nascidos e crianças menores de um ano de idade.