Novembro é marcado pela campanha Novembro Azul, uma importante iniciativa global de conscientização sobre o câncer de próstata. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a cada 38 minutos um homem morre por conta do câncer de próstata. Apenas em 2023, foram estimados 71.730 novos casos no Brasil, correspondendo a 30% de todos os tumores diagnosticados na população masculina.
Na capital baiana, os números de casos de internação por conta do câncer de próstata são igualmente alarmantes. De acordo com o Sistema de informação hospitalar do SUS, o Estado da Bahia, este ano, teve 2122 internações por causa da doença, sendo 575 internações só em Salvador. Em 2023, os índices eram maiores, no Estado da Bahia foram registradas 3103 internações, sendo 869 em Salvador.
No estágio inicial, o câncer de próstata não manifesta sintomas. Quando os sinais começam a surgir, aproximadamente 95% dos tumores já estão em um estágio avançado, o que torna o tratamento mais difícil. Na fase avançada, os sintomas incluem: dor nos ossos, dor ao urinar, necessidade frequente de urinar e presença de sangue na urina e/ou no sêmen.
A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda que homens a partir dos 50 anos façam exames regulares de PSA (antígeno prostático específico) e toque retal. Homens negros ou com histórico familiar de câncer de próstata devem iniciar esses exames aos 45 anos.
“Quando o resultado de um desses exames apresenta alguma anormalidade, o médico solicitará exames adicionais. Esses testes têm o objetivo de confirmar ou descartar a suspeita clínica. Caso seja diagnosticado câncer de próstata, será necessário determinar o estágio da doença para definir o tratamento mais adequado”, explica Dr. Humberto Ferraz, presidente da SBU-BA.
O tratamento para cada caso varia conforme diversos fatores, como a idade, o estado geral de saúde do paciente, a aceitação dos efeitos colaterais de cada terapia, o estágio da doença e a probabilidade de cada tratamento ser eficaz na cura do câncer.
As opções mais comuns para tratar a doença localizada, ou seja, quando o câncer está limitado à próstata e não se disseminou, incluem a cirurgia e a radioterapia. A conscientização e o diálogo sobre o câncer de próstata, aliados ao rastreamento, tratamentos eficazes e hábitos mais saudáveis, podem salvar vidas.
De acordo com o INCA, o câncer de próstata é predominante em todas as regiões, totalizando 72 mil casos novos a cada ano do próximo triênio, atrás apenas do câncer de pele não melanoma (101.920 novos casos). Nas regiões de maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), os tumores de cólon e reto ocupam a segunda ou a terceira posição, sendo que, nas de menor IDH, o câncer de estômago é o segundo ou o terceiro mais frequente entre a população masculina. Para obter mais informações, acesse a Estimativa 2023.