De acordo com o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), que conduz pesquisas inovadoras com grandes volumes de dados, baseadas em determinantes e políticas socioambientais sobre saúde, o suicídio é um grave problema de saúde pública e o Brasil é um país com altas taxas nesse quesito.
A cada ano são mais de 20 mil casos de transtornos mentais hospitalizados no Brasil na população entre 5 e 24 anos. Quase 3 mil jovens são vítimas do suicídio no Brasil por ano. Enquanto no mundo a prevalência de pessoas com transtornos mentais é de 3 a 20%, no Brasil essa proporção varia entre 18 e 23%. Dentre as pessoas que são diagnosticadas, apenas 20% acabam recebendo tratamento no país, um percentual considerado muito baixo.
Ainda segundo o Cidacs, esse e outros estudos mostram que piores condições de vida pioram a saúde mental. No entanto, é preciso entender quais são os mecanismos que fazem com que isso aconteça. Esta é uma pergunta ainda sem resposta na literatura científica mundial, e é a principal questão a ser investigada no projeto “Impacto dos determinantes sociais e das transferências de renda na saúde mental dos jovens”, uma realização do Cidacs/Fiocruz Bahia em parceria com a Universidade de Harvard. Financiado pelo Nacional Institutes of Health (NIH).
Objetivo geral da pesquisa
“O resultados deste projeto inovador poderão informar sobre os esforços nacionais necessários para prevenir transtornos mentais entre jovens de comunidades de baixa renda no Brasil por meio do aumento de intervenções econômicas. Nossas descobertas também poderão ser relevantes para outros países de renda média-baixa que enfrentam desafios similares, como os resultantes das consequências econômicas da pandemia Covid-19, para gerenciar problemas de saúde mental entre os jovens e reduzir as disparidades em acesso à saúde mental”
O projeto, que também pretende estudar saúde mental no público adulto e infantil, tem uma duração de cinco anos e coloca o Cidacs/Fiocruz Bahia no centro do debate sobre a relação entre saúde mental e vulnerabilidades sociais. A pesquisa teve início em setembro de 2021 e conta com cinco pesquisadores envolvidos no projeto.
Fonte: Cidacs/Fiocruz Bahia
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