Medicamentos mais caros! Saiba como economizar – Portal ComSaúde Bahia
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MEDICAMENTOS
Medicamentos mais caros! Saiba como economizar
Pesquisar e compreender melhor os medicamentos de referência, genéricos e similares faz toda a diferença
Por:Susy Moreno | 03/04/2024 às 11:33

O governo federal anunciou a autorização para o aumento de até 4,5% nos preços dos medicamentos a partir deste mês. A decisão foi oficializada por meio de uma resolução publicada no Diário Oficial da União (DOU), permitindo que as empresas façam os ajustes nos valores em um prazo de até 15 dias

A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) informa que esse percentual não representa um aumento automático nos preços, mas sim, um limite permitido para o reajuste. Cada empresa poderá optar por aplicar o índice completo ou um valor menor, dependendo de suas estratégias comerciais.

De acordo com a divulgação sobre o reajuste dos medicamentos no Portal do Ministério da Saúde, o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde, Carlos Gadelha, explicou que: “Neste ano, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) limitou o aumento a este percentual de 4,5%. O Brasil hoje adota uma política de regulação de preços focada na proteção ao cidadão, estabelecendo sempre um teto para o percentual do aumento para proteger as pessoas e evitar aumentos abusivos de preço”.

Como economizar?
O diretor do Conselho da Aliança para Saúde Populacional (Asap), Carlos Pappini explica como economizar na compra de remédios. A primeira dica é pesquisar o preço dos medicamentos em mais de uma farmácia. Outra forma de economizar é por meio de descontos oferecidos por planos de saúde ou por programas de fidelidade oferecidos pelas farmácias ou pelos laboratórios que produzem os medicamentos.

Dar preferência a medicamentos genéricos também pode ser uma boa saída para economizar. Neste caso, o ideal é pedir para que o médico faça a prescrição com base no princípio ativo e não pelo nome comercial, para que o consumidor consiga optar pelo genérico. De acordo com Pappini, no Brasil, diferente de outros países, os preços de remédios são regulados e limitados pela ANVISA e CMED.

Pappini diz que vale a pena até procurar o remédio em diferentes unidades da mesma rede que, a depender da região, os preços podem ser diferentes. Também existem remédios cadastrados no programa “Farmácia Popular”, com até 90% de desconto. “Usar a tecnologia para pesquisar preços é uma ótima alternativa. Usando aplicativos ou até mesmo sites de buscas é comum encontrar produtos custando uma média de 40% menos, sendo uma grande aliada na economia”, detalha Pappini.

“O reajuste de medicamento baseia-se em um modelo que leva em consideração a inflação do período, a produtividade do setor, a variação dos custos de produção e também a própria competitividade do mercado. Há de considerar que esses produtos têm que se manter acessíveis à população, mas também preservar a capacidade de investimento e inovação das empresas farmacêuticas”, afirma Pappini.

Como conseguir remédios de graça?
Hoje, é possível encontrar remédios para doenças crônicas, como diabetes, asma e hipertensão, de forma gratuita. O benefício não está direcionado apenas a quem é usuário do SUS (Sistema Único de Saúde).

Quem tiver uma receita de uma clínica particular também pode contar com o programa. Para pedir os medicamentos, a pessoa precisa ir até uma farmácia que possui o logo “Aqui tem farmácia popular” ou em uma UBS (Unidade Básica de Saúde) que tenha o serviço. É preciso apresentar a receita médica e um documento com foto. Confira aqui mais sobre o Farmácia Popular.

Qual a diferença entre medicamentos de referências, genéricos e similares?

REFERÊNCIA – Medicamento original
Todo medicamento de referência, também chamado de “originador”, tem sua eficácia, segurança e qualidade comprovadas cientificamente. Esses medicamentos costumam exibir o nome comercial (marca) em suas embalagens e, geralmente, têm custos mais elevados.

GENÉRICO – “Cópia” do original
Ele nada mais é do que a cópia do medicamento, cuja patente deixou de estar em vigor, perdendo assim, a exclusividade e sendo possível a fabricação da versão genérica.

Característica: Têm as mesmas características e produzem no organismo os mesmos efeitos que um medicamento de referência (marca)

Troca: Pode ser trocado pelo medicamento de referência

Qualidade: Passam por rigorosos testes e têm a mesma qualidade que o medicamento de referência

Venda: Não têm nome comercial e são vendidos pelo princípio ativo (substância que produz os efeitos terapêuticos).

Custo: Custam pelo menos 35% menos do que a medicação de referência.

Identificação: Na embalagem tem escrito “Medicamento Genérico e uma tarja amarela com a letra G de genérico

SIMILAR – Equivalente com o original
É uma cópia do medicamento de referência que pode ter um nome fantasia.

Característica: Contém os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica

Troca: Nem todo medicamento similar pode ser trocado pelo medicamento de referência. Só é permitida se o médico prescrever especificamente o medicamento similar.

Qualidade: É comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade pela Anvisa

Venda: Tem um nome próprio, com a mesma substância da referência

Custo: Os preços costumam estar entre os preços dos genéricos e dos medicamentos de referência (marca)

Identificação: Na embalagem do similar deve conter a frase: “Medicamento similar equivalente ao medicamento de referência”

Atenção!
A troca entre um genérico e um similar não é possível, pois não foram apresentados os testes comparativos entre eles à Anvisa