Módulos de saúde acolhem foliões com diversos quadros de ansiedade no Carnaval de Salvador – Portal ComSaúde Bahia
Foto:Ascom/SMS
CARNAVAL/SAÚDE MENTAL
Módulos de saúde acolhem foliões com diversos quadros de ansiedade no Carnaval de Salvador
Por:Redação | 14/02/2024 às 11:51

A agitação, o som alto e a multidão marcam o Carnaval de Salvador, o que pode ser disparador de sintomas como angústia, falta de ar, irritabilidade, pânico, coração acelerado, náuseas, tremores, sudorese, entre outros. Esses são alguns sinais dos quadros ansiosos, identificado em 110 dos 167 casos de atendimento em saúde mental realizados nos módulos assistenciais do Carnaval 2024, serviço oferecido pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS). As demais ocorrências são advindas do consumo de álcool e outras drogas e transtornos psicóticos.

Após avaliação parcial dos dados de atendimento das equipes de saúde mental que trabalharam em cinco módulos assistenciais, foi possível perceber um aumento da procura por atendimentos de pessoas com sintomas e quadros de ansiedade. É estimado que 65% dos atendimentos em saúde mental nas unidades da folia foram relacionados aos transtornos ansiosos. Esse dado dialoga com a realidade mundial, que aponta para o aumento deste tipo de condição. Segundo dados da OMS, o Brasil ocupou o primeiro lugar no ranking dos países com a população mais ansiosa do mundo.

Atenta às necessidades da população durante a folia, a SMS implementou pela primeira vez a oferta desse atendimento especializado, onde as pessoas em crise são acolhidas e orientadas, e os residentes em Salvador já saem do posto encaminhados para a Rede de Atenção Psicossocial do município.
“Muita gente imagina que a saúde precisa estar no Carnaval somente para atender casos onde a pessoa se machuca, onde a parte física é afetada, e esquecem do psicológico. Nós tivemos a preocupação de acompanhar os casos que chegam aos nossos módulos e entender a necessidade de se ter uma equipe de saúde mental para complementar os atendimentos e fortalecer a resolutividade dos casos nos próprios postos do circuito”, afirmou a vice-prefeita e secretária da Saúde, Ana Paula Matos.

O serviço é direcionado para pessoas com intoxicação por álcool e drogas, mulheres em situação de vulnerabilidade por uso de álcool e drogas, adolescentes desacompanhados dos responsáveis, pessoas vítimas de diferentes violências (física, sexual, moral, institucional, de gênero, racial, etc), pessoas com transtorno mental em desorganização psíquica, pessoas em situação de rua, trabalhadores em situação de vulnerabilidade (catadores, cordeiros, ambulantes, etc), casos de ansiedade grave, fobias e quadros de pânico gerados no circuito da festa.