O cuidado com a criança com deficiência é um dos destaques na Terapia Ocupacional – Portal ComSaúde Bahia
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DIA DA INFÂNCIA
O cuidado com a criança com deficiência é um dos destaques na Terapia Ocupacional
Na semana da criança com deficiência, terapeuta ocupacional chama a atenção para o trabalho que garante desenvolvimento e inclusão.
Por:Susy Moreno | 23/08/2024 às 07:33

Em 24 de agosto, celebra-se o Dia Nacional da Infância, uma data estabelecida pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) com o objetivo de estimular uma reflexão sobre as condições de vida das crianças e as medidas necessárias para aprimorar seu bem-estar. No Brasil, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), são consideradas crianças as pessoas com até doze anos de idade incompletos. O ECA garante que todos os meninos e meninas tenham seus direitos assegurados e todas as oportunidades para o pleno desenvolvimento.

A última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) apontou que a população com deficiência no Brasil foi estimada em 18,6 milhões de pessoas de 2 anos ou mais, o que corresponde a 8,9% da população dessa faixa etária. O Nordeste foi a região com o maior percentual de população com deficiência registrada na pesquisa, com 5,8 milhões, o equivalente a 10,3% do total.

Os terapeutas ocupacionais desempenham um papel crucial na promoção do desenvolvimento, da independência, da autonomia e da inclusão na infância. Assim como qualquer outra criança, aquelas que enfrentam deficiências ou limitações, sejam permanentes ou temporárias, devem ter seus direitos garantidos, incluindo o direito de viver plenamente sua infância.

E é justamente para garantir as funções cotidianas que a Terapia Ocupacional busca capacitar as crianças e promover sua a independência e autonomia. “A Terapia Ocupacional contribui para o desenvolvimento e a qualidade de vida dos pequenos. Através de abordagens personalizadas, os terapeutas ocupacionais trabalham para melhorar as habilidades motoras, cognitivas, emocionais e sociais das crianças“, afirma a conselheira do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO-7), a terapeuta ocupacional Dra. Gilsara Madeira.

Entre os dias 21 e 28 de agosto é comemorada a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. Instituída pela Lei nº 13585/2017, a campanha tem como objetivo desenvolver conteúdos para conscientizar a sociedade sobre o tema, além de incentivar políticas públicas para promover a inclusão social e combater o preconceito e a discriminação contra as pessoas com deficiência intelectual e múltipla.

Terapia da Inclusão
Inclusão é palavra de ordem para os terapeutas ocupacionais, no trabalho com as crianças com alguma deficiência. Ledo engano de quem pensa que se trata de um público pequeno.

E dentro desta tríade, infância, criança com deficiência e Terapia Ocupacional, existe no cenário atual um ‘boom’ de diagnóstico de crianças com Transtorno do Espectro Autista. Pode ter certeza que todos os terapeutas ocupacionais que trabalham com a infância têm pacientes e filas de espera para atendimento“, destaca Gilsara Madeira.

O número de casos de autismo cresce a cada ano, segundo dados do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) nos Estados Unidos. O relatório mais recente do órgão (2021) mostra que 1 a cada 36 crianças é diagnosticada com TEA (Transtorno do Espectro Autista). A Secretaria da Saúde do Estado não carece de levantamento: “por não ser um agravo de notificação obrigatória, não possuímos dados disponíveis”, disse em nota. E a maioria dos municípios ainda não tem serviços públicos específicos para essa clientela.

Terapia que trata
A TO (Terapia Ocupacional) é hoje uma das profissões mais importantes no tratamento do TEA. Com a Terapia Ocupacional, as crianças têm a oportunidade de explorar e desenvolver as habilidades de forma lúdica e estimulante. Por meio de atividades criativas e adaptadas às necessidades individuais de cada criança, os terapeutas ocupacionais conseguem promover o desenvolvimento integral, contribuindo para a formação de indivíduos mais capacitados e confiantes.

É importante destacar a importância de buscar um profissional qualificado. Há muitas pessoas se apresentando como terapeutas ocupacionais sem de fato serem. Com o aumento da demanda, algumas têm agido de má fé, enganando famílias e, pior ainda, prejudicando o desenvolvimento dessas crianças. “É essencial solicitar o registro profissional, consultar os órgãos responsáveis e ter a certeza de que se trata de um terapeuta ocupacional habilitado para atender, acompanhar e promover a saúde e o respeito a cada indivíduo, especialmente àquela criança”, pondera Gilsara Madeira.