A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o tabagismo deve ser considerado uma pandemia, ou seja, uma epidemia generalizada, e como tal precisa ser combatido, além de ser um dos principais fatores de risco para uma série de doenças graves, incluindo problemas vasculares. Guilherme Jonas, médico angiologista e cirurgião vascular, especialista em cirurgia vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), explica que a grande maioria das doenças cardiovasculares tem uma grande relação com o tabagismo. “Fumar aumenta o número de coágulos sanguíneos, contribui para o acúmulo de placas nas artérias, reduz o oxigênio no sangue e faz o coração trabalhar mais. O tabagismo aumenta as chances do AVC e da trombose, por exemplo”, diz.
A nicotina é uma substância que causa muita dependência, levando a persistência do hábito de fumar e a altas taxas de recaída após o abandono. “É importante o médico orientar os pacientes que evitar o consumo do cigarro é a melhor opção para sua saúde, aumenta a qualidade e a duração de sua vida. Também é necessário explicar que quando a pessoa não usa mais o tabaco, irá perceber que seus familiares e entes queridos terão menos exposição como fumantes passivos também”, ressalta Guilherme.
Fique de olho
Os indivíduos tabagistas que evoluem com problemas circulatórios precisam ficar de olho nos sintomas. “É comum apresentar dores nas pernas durante a caminhada que pode vir acompanhada de alterações da coloração dos pés e pela presença de lesões ulceradas e necróticas, que denotam gravidade ao quadro clínico apresentado pelo paciente. A pessoa também pode apresentar dores no peito”, destaca o médico.
Além disso, os danos são causados por qualquer tipo de tabaco, seja artesanal, cigarro eletrônico, comum, ou narguilé. Abandonar o cigarro leva a uma melhoria significativa na saúde vascular e reduz drasticamente o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. “Além disso, é importante adotar um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta balanceada, prática regular de atividades físicas e controle do estresse, para manter a saúde do sistema circulatório”, conclui o angiologista.
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Saiba mais sobre os dados da OMS sobre a epidemia global do tabagismo;