O diabetes acomete 10,2% da população brasileira, segundo dados da pesquisa Vigitel Brasil 2023 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito). O índice representa um aumento com relação a 2021, quando o número era de 9,1%. O mais recente inquérito Vigitel mostra também que o diagnóstico é mais frequente entre as mulheres (11,1%), do que entre os homens (9,1%).
Doença crônica, a diabetes é caracterizada pela não produção ou emprego deficiente da insulina, substância que controla os níveis glicêmicos. Apesar da alta incidência, a diabetes ainda é uma doença cercada de dúvidas, principalmente com relação às adaptações alimentares. Em função disso, a nutróloga Dra. Hilloa Rodrigues ressalta que a qualidade da alimentação é primordial no controle da doença. Ela também pontua que, a depender do tipo da diabetes, o cardápio do paciente pode variar.
“Aquelas pessoas que possuem Diabetes tipo 1 e usam insulina ultrarrápida, de acordo ingestão de carboidratos em cada refeição, podem contar com uma liberdade nutricional um pouco maior, isso porque possuem um regime de terapia de insulina flexível”, explica. Já entre os que possuem Diabetes tipo 2 e possuem o agravante do sobrepeso, as limitações sobre a quantidade e cardápio podem ser maiores.
“Isso acontece porque o emagrecimento também é um fator para que esse paciente melhore a resistência à insulina. Por isso é preciso adaptar não apenas a ingestão de carboidratos, mas o cardápio de forma que a ingestão e a perda calórica forneçam resultados”, pontua.
Diabético pode comer doces?
A nutróloga também falou sobre uma dúvida muito comum entre os diabéticos, que é a possibilidade de ingerir doces. Segundo a especialista, essas pessoas não são totalmente proibidas de comer doces.
Controle da glicemia
“Para que o controle da glicemia seja efetivo, o controle de carboidratos deve ser tanto sobre a quantidade quanto da origem. Por isso os açúcares provenientes de frutas são os mais recomendados, já que reúnem um maior valor nutricional e são mais recomendados para ingestão moderada e esporádica. Nestes casos, a principal recomendação é estar atento à quantidade”, ressalta.
Dra. Hilloa também reforça a importância de se controlar a ingestão de porções de alimentos com alto índice glicêmico. “De modo geral, a alimentação para os diabéticos deve ser variada. O café da manhã é uma das refeições primordiais para esse paciente, assim como as demais alimentações, que devem ser fracionadas ao longo do dia, para que o nível glicêmico se mantenha equilibrado. Além disso, o consumo de quantidades exageradas de alimento deve ser evitado”, aponta.