Durante o inverno, o organismo humano precisa de mais energia para manter a temperatura corporal estável. Para pacientes em tratamento oncológico, esse desafio se soma a efeitos colaterais como a falta de apetite, náuseas e alterações no paladar, tornando a nutrição um ponto central no cuidado à saúde.
“Os pacientes com câncer frequentemente enfrentam dificuldades alimentares durante o tratamento, e o inverno impõe uma demanda metabólica ainda maior. Manter uma alimentação adequada é fundamental para preservar a imunidade e garantir a tolerância ao tratamento”, explica a Dra. Dienata Ribeiro Bueno, oncologista clínica.
A alimentação equilibrada, rica em nutrientes, contribui para a manutenção da massa muscular, melhora a resposta imunológica e reduz o risco de infecções — fatores importantes para o andamento e sucesso do tratamento oncológico. Segundo a médica, a escolha dos alimentos deve respeitar as condições clínicas de cada paciente, mas há diretrizes gerais que podem ser seguidas com segurança.
Dicas de alimentação no inverno para pacientes oncológicos:
● Priorizar alimentos ricos em proteínas, como carnes magras, ovos, leite e derivados, essenciais para a manutenção da massa muscular e recuperação tecidual.
● Incluir frutas e vegetais da estação, que são fontes de vitaminas e antioxidantes importantes para a imunidade, como acerola, cenoura e abóbora.
● Consumir caldos e sopas nutritivos, preparados com legumes, grãos e proteínas, que são opções mais fáceis de ingerir, especialmente nos dias de menor apetite.
● Manter a hidratação, mesmo nos dias frios, com água, chás e caldos leves.
● Fracionar as refeições ao longo do dia, com pequenas porções, para facilitar a ingestão e evitar o jejum prolongado.
“Cuidar da alimentação é uma forma ativa de fortalecer o corpo durante o tratamento. A orientação de um nutricionista especializado pode ajudar a ajustar o plano alimentar às necessidades individuais de cada paciente. O acompanhamento nutricional integrado ao tratamento oncológico não apenas favorece a qualidade de vida, mas pode impactar diretamente na resposta clínica. No inverno, esse cuidado precisa ser redobrado”.