O mercado de suplementos alimentares segue em expansão no Brasil, e o whey protein tem se destacado como um dos principais responsáveis por esse crescimento. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD), o consumo de alimentos para fins especiais cresceu 11,5% no primeiro trimestre de 2025, impulsionado principalmente por proteínas e vitaminas. Além disso, dados da empresa Interplayers revelam um aumento de 37% nas vendas de suplementos entre março de 2024 e fevereiro de 2025.

Mas, afinal, o que é o whey protein e por que ele se tornou tão presente nas dietas? Produzido a partir da proteína do soro do leite, o suplemento pode ser encontrado em diferentes versões: concentrado, isolado e hidrolisado.

“O whey protein é uma proteína de digestão rápida, com alta concentração de aminoácidos essenciais, especialmente leucina, determinante para acionar a síntese de proteína muscular“, explica o Dr. Danilo Almeida, especialista em nutrologia.

Cada tipo de whey apresenta características específicas de absorção e teor proteico. O concentrado é mais versátil, com cerca de 70% a 80% de proteína e um pouco de lactose e gordura, enquanto o isolado oferece maior teor proteico e digestão mais leve. O hidrolisado, que passa por uma “pré-digestão” enzimática, é absorvido mais rapidamente e pode reduzir desconfortos gastrointestinais, sendo indicado em protocolos de alto rendimento ou em reabilitação clínica.

De acordo com o médico, entre os benefícios mais citados estão a recuperação muscular, o ganho de massa magra e o auxílio em dietas para perda de peso ou manutenção da saúde metabólica.

Especialistas reforçam que o consumo deve ser feito sob orientação profissional, o uso inadequado pode não trazer os resultados esperados e, em alguns casos, sobrecarregar o organismo.

O suplemento não é exclusivo de atletas. Idosos, pessoas com déficit nutricional ou em recuperação de cirurgias podem se beneficiar do whey, que facilita o alcance das metas proteicas diárias.

“Para pacientes em reabilitação, o whey ajuda a atingir rapidamente a ingestão necessária de proteínas de alto valor biológico, sempre como parte de um plano alimentar completo”, afirma Dr. Danilo Almeida.

No processo de emagrecimento, o whey contribui para aumentar a saciedade, elevar levemente o gasto calórico da digestão e preservar a massa magra. Já no ganho de massa muscular, fornece rapidamente aminoácidos essenciais e leucina, fortalecendo a síntese proteica após o treino, principalmente quando a ingestão de proteína total do dia está adequada.

Ao escolher um whey protein no mercado, é importante observar a qualidade do produto. Um bom suplemento deve conter no mínimo 70% de proteína por dose, mais de 2.000 mg de leucina e apresentar lista de ingredientes transparente, com poucos aditivos e açúcares. Sabor e solubilidade são fatores determinantes para que o consumo seja mantido regularmente, garantindo resultados consistentes.

O whey protein se consolida não apenas como uma tendência de mercado, mas também como uma alternativa nutricional relevante, desde que utilizado com orientação profissional e dentro de um plano alimentar equilibrado.

Confira a entrevista com Dr. Danilo Almeida, médico pós-graduado em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) e pós-graduando em Metabolômica pela Academia Brasileira de Medicina Funcional Integrativa.

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