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Foto: Freepik

Obesidade e combate à gordofobia ganham destaque no Congresso de Nutrologia

A CRISE DA OBESIDADE

Especialistas alertam que a obesidade pode atingir níveis alarmantes até 2050 devido a fatores genéticos hormonais psicológicos e ambientais e destacam a importância de combater a gordofobia.

Tempo de Leitura: 2 minutos

Projeções do Global Burden of Disease (The Lancet) indicam que, se não houver mudanças, mais da metade da população adulta global — cerca de 3,8 bilhões de pessoas com 25 anos ou mais — e aproximadamente um terço de todas as crianças e jovens (746 milhões) poderão ser afetados pela obesidade até 2050.

No dia 10 de setembro é celebrado o Dia de Luta Contra a Gordofobia, data dedicada à conscientização sobre o preconceito enfrentado por pessoas com obesidade.

Especialistas alertam que falhas globais na resposta à crise da obesidade nas últimas três décadas são os principais fatores para o crescimento expressivo dos casos. Este cenário será amplamente debatido durante o XXIX Congresso Brasileiro de Nutrologia (CBN 2025), promovido pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia).

O evento acontecerá nos dias 25, 26 e 27 de setembro, em São Paulo, e é considerado o maior congresso do mundo na especialidade.

É essencial entender que a obesidade não é apenas uma questão de aparência ou escolha pessoal, mas sim um problema influenciado por diversos fatores biológicos, psicológicos, sociais e ambientais. É uma condição crônica que afeta pessoas de todas as idades, sendo uma doença complexa e multifacetada, frequentemente associada a outras patologias graves, como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos e até certos tipos de câncer”, alerta o Prof. Dr. Durval Ribas Filho, médico nutrólogo, Fellow da The Obesity Society (EUA), presidente da ABRAN e palestrante do CBN 2025.

O especialista reforça que nem todo obeso apresenta essa condição por escolha própria. “Para alguns indivíduos, a predisposição genética desempenha um papel significativo na obesidade. Estudos mostram que determinadas condições hereditárias podem afetar o metabolismo, a distribuição de gordura no corpo e a sensação de saciedade, dificultando o controle do peso.”

Mulheres comendo

Ele também destaca outros fatores que podem contribuir para a obesidade:

Hormonais – Desequilíbrios hormonais, como os que ocorrem no hipotireoidismo, síndrome de Cushing e síndrome dos ovários policísticos (SOP), podem provocar ganho de peso excessivo e dificuldade em emagrecer.

Psicológicos – A saúde mental está diretamente ligada à saúde física. Transtornos como ansiedade, depressão e distúrbios alimentares podem levar ao comportamento alimentar compulsivo, em que o alimento é usado como recompensa ou forma de lidar com emoções difíceis.

Ambientais – O ambiente também impacta o peso corporal. Acesso limitado a alimentos saudáveis, falta de espaços para atividades físicas e o estresse diário contribuem para a prevalência da obesidade.
Reconhecer a complexidade da obesidade é o primeiro passo para combater a gordofobia e promover a saúde de forma inclusiva. O cuidado deve ser feito com o suporte de profissionais qualificados, incluindo médicos, nutrólogos, nutricionistas e psicólogos.

A luta contra a gordofobia não é apenas uma questão de combater o preconceito, mas também de promover a compreensão e o cuidado com a saúde de maneira abrangente. Ao focar na saúde e no bem-estar, podemos ajudar a construir uma sociedade mais empática, que apoia todas as pessoas em suas jornadas individuais para uma vida saudável”, conclui o médico.

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