O autismo no Brasil é um tema que tem ganhado cada vez mais atenção, tanto pela sua prevalência crescente quanto pela importância do diagnóstico precoce e da inclusão social das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). De acordo com o Censo Demográfico de 2022 cerca de 2,4 milhões de brasileiros possuem diagnóstico de TEA, o que corresponde a 1,2% da população.
Muito mais do que companheiros, os pets de assistência — especialmente os cães — são verdadeiros aliados da saúde e da autonomia de milhares de pessoas com deficiência ou condições emocionais e psicológicas. Estes Pets são animais treinados para oferecer suporte funcional ou emocional, ajudando seus tutores em tarefas do dia a dia, proporcionando segurança, conforto e inclusão social.
É o caso de Leticia Alves, médica veterinária que decidiu utilizar suas redes sociais para mostrar às pessoas, que os autistas também podem realizar atividades normais do dia a dia, mesmo que auxiliados por um pet de assistência. Ao contrário dos pets-guias, geralmente, o cão-guia, os animais de assistência têm como objetivo passar tranquilidade para seus tutores.

No caso de Leticia, além do cão de assistência, ela possui um gato de assistência, o Olaf, um felino vira-lata, que teve treinamento especial para ser ‘gato de assistência emocional’ de seu filho de sete anos de idade, Theo, diagnosticado com TEA, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
“Meu filho recebeu o diagnóstico de autismo. Ele é uma pessoa muito inteligente, mas tem momentos que fica nervoso e bastante agitado. Sua tranquilidade é atingida quando nosso gato de estimação está ao seu redor. O gato acaba por intervir nesses momentos complicados de crise dele. O convívio com os pets faz a diferença para a melhoria na qualidade de vida e para tratamentos de transtornos neurológicos, mentais e emocionais”, relata a médica veterinária.
Além de Olaf, Leticia conta com a parceria do simpático cão golden, Jackson; que lhe faz companhia a diversos lugares e faz com que ela mantenha a tranquilidade em condições adversas.
No Brasil, a Lei nº 11.126/2005 garante o acesso de cães-guia a todos os espaços públicos e privados de uso coletivo. Já os animais de apoio emocional vêm conquistando espaço por meio de decisões judiciais que reconhecem sua importância em situações específicas, como no transporte aéreo e em moradias coletivas.