O Brasil está envelhecendo rapidamente. De acordo com o IBGE, o país deve alcançar 75,3 milhões de pessoas idosas até 2070. Hoje, mais de 32 milhões de brasileiros têm 60 anos ou mais, representando cerca de 16% da população.
Para o geriatra Rafael Calazans, esse cenário revela uma geração que vive mais e busca viver melhor. Ele destaca que a vitalidade na terceira idade depende de prevenção, autonomia e manutenção dos vínculos sociais.
“A longevidade saudável depende de movimento, propósito e cuidado constante com o corpo e a mente. Quando o idoso se mantém ativo, ele preserva não apenas a saúde física, mas também a emocional e cognitiva”, ressalta o especialista da Florence, clínica especializada no cuidado com a pessoa e a família.
Uma nova forma de viver a terceira idade
Cada vez mais, idosos transformam a rotina em oportunidades de autocuidado. Caminhadas, dança, hidroginástica, voluntariado e até novas aprendizagens fazem parte desse movimento. Segundo Calazans, esse comportamento reflete uma mudança positiva na forma como o envelhecimento é visto no Brasil.
O geriatra lembra que exemplos de vitalidade têm inspirado o país. “São muitos os exemplos de longevidade associada à saúde, bem-estar. Recentemente, os noticiários mostraram que uma senhora de 77 anos completou 21 km em uma meia-maratona em Brasília, arrancando aplausos de corredores mais jovens pela determinação. É possível envelhecer bem”, pontua.
Hábitos que fortalecem o envelhecimento saudável
O especialista reforça práticas essenciais para quem deseja viver mais e melhor. Veja os principais pilares recomendados:
• Prática regular de atividade física, como caminhada, musculação leve, hidroginástica, pilates e dança.
• Alimentação equilibrada, com menos ultraprocessados e mais alimentos naturais.
• Sono de qualidade e rotina de descanso adequada.
• Check-ups e exames preventivos sempre em dia.
• Cuidado com a saúde mental e fortalecimento dos vínculos sociais.
• Uso consciente de medicamentos, evitando a automedicação.
• Estímulo cognitivo com leitura, estudos, jogos e tecnologia.
• Participação comunitária e convivência ativa.
Cuidados que continuam essenciais
Além dos hábitos diários, algumas medidas permanecem fundamentais em qualquer fase da vida:
• Controle de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes.
• Vacinação atualizada (gripe, pneumonia, covid-19 e herpes-zóster).
• Avaliação regular da visão, audição e equilíbrio, prevenindo quedas e isolamento.
• Alimentação e hidratação adequadas.
• Acompanhamento multiprofissional: médico, nutricionista, fisioterapeuta e psicólogo.
• Planejamento do envelhecimento considerando moradia, finanças e suporte familiar.
