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Pesquisa do Hupes para tratar acne em homens trans negros conquista prêmio

Tempo de Leitura: 2 minutos

Cerca de 50 homens trans negros serão beneficiados por uma pesquisa inédita que deve começar nas próximas semanas no Hospital Universitário Professor Edgard Santos, da Universidade Federal da Bahia (Hupes-UFBA), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). O estudo pretende avaliar a eficácia de dermocosméticos no controle da acne e na prevenção de manchas em peles negras, um problema que afeta até 85% dos homens trans no primeiro ano da terapia hormonal de afirmação de gênero.

O projeto foi um dos quatro reconhecidos no Prêmio Dermatologia + Inclusiva, promovido pelo Grupo L’Oréal Brasil, durante o 35º Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica, que ocorreu neste mês, em Salvador (BA). A iniciativa ganhou R$ 50 mil para desenvolver o estudo nos próximos meses. Ligado ao grupo de pesquisa Endogen (Endocrinologia & Gênero), da UFBA, o trabalho será conduzido no Ambulatório Transexualizador do Hupes-UFBA, referência em atenção à saúde da população trans no estado, em parceria com o Serviço de Dermatologia da Instituição.

Segundo a endocrinologista Luciana Oliveira, a iniciativa busca reduzir as lesões de acne ativa, além de minimizar o surgimento de manchas hipercrômicas, comuns em peles negras. “Queremos oferecer alternativas terapêuticas mais adequadas a uma população que, além das questões de afirmação de gênero, enfrenta vulnerabilidades históricas na saúde pública“, afirma ela, que também é professora da UFBA e coordenadora do Ambulatório Transexualizador do Hupes-UFBA.

A dermatologista Luise Daltro, médica da Rede Ebserh e responsável pelo Ambulatório de Acne e pelo atendimento dermatológico a pacientes trans no hospital universitário, reforça que a ciência precisa avançar com um olhar mais inclusivo.

Ao longo das décadas, pessoas trans e negras foram excluídas de pesquisas clínicas. Iniciar este estudo dentro de um hospital universitário é dar um passo importante para transformar essa realidade, garantindo mais diversidade e inclusão em nossa instituição e, por consequência, na sociedade“, avalia.

Olhar para o futuro
O reconhecimento nacional do projeto foi visto como um estímulo para ampliar as ações de diversidade e inclusão dentro da produção científica. “É um prêmio que simboliza o esforço coletivo de muitos profissionais, estudantes e, principalmente, dos próprios pacientes que acreditam na importância da ciência como instrumento de transformação social”, conclui Luciana Oliveira.

Além dos impactos clínicos imediatos, a pesquisa pretende gerar dados que ajudem no desenvolvimento de novos protocolos dermatológicos mais sensíveis às particularidades da pele negra e da população trans. A coleta de dados deve durar cerca de dois meses, com o acompanhamento dos pacientes ao longo do processo.

Realidade que precisa ser enfrentada
O Brasil é, pelo 17º ano consecutivo, o país que mais mata pessoas trans no mundo, segundo a Rede Trans Brasil. Em 2024, foram 105 mortes registradas, reforçando a necessidade e urgência de iniciativas que promovam a saúde integral dessa população em todos os níveis de atenção.

Premiação
O Prêmio Dermatologia + Inclusiva foi criado pelo Grupo L’Oréal Brasil para estimular projetos que tragam soluções inovadoras para a atenção dermatológica de grupos historicamente invisibilizados. Nesta primeira edição, quatro estudos foram premiados, representando os seguintes estados: Bahia, Sergipe, Pará e Rio de Janeiro. A entrega da premiação ocorreu durante o 35º Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica, em Salvador.

Pesquisadoras