De acordo com levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas, cerca de 75% dos consumidores pretendem presentear alguém neste fim de ano.
Historicamente, produtos como roupas, eletrônicos e brinquedos ocupam as primeiras posições. No entanto, aos poucos, observa-se a consolidação de um novo comportamento: o de presentear com saúde e bem-estar.
Nesse contexto, dados da Ibope Inteligência, encomendados pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), reforçam essa tendência. Segundo a pesquisa, o plano de saúde figura entre os três maiores desejos de consumo dos brasileiros, ficando atrás apenas de educação e casa própria. Dessa forma, o convênio de saúde deixa de ser visto apenas como uma necessidade pontual e passa a representar segurança, tranquilidade e proteção para toda a família.

A pesquisa
O levantamento, realizado pelo Vox Populi, ouviu 3,2 mil pessoas com 18 anos ou mais, entre beneficiários e não beneficiários de planos de saúde e odontológicos, em oito regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre, Manaus e Brasília. As entrevistas foram presenciais, realizadas entre 31 de julho e 17 de agosto de 2025, com nível de confiança de 95%.
Apesar do elevado nível de importância atribuído ao plano de saúde, a pesquisa indica fatores que ainda comprometem a plena satisfação dos usuários. O principal deles é a percepção de demora para a marcação de consultas e para o atendimento de forma geral, aspecto citado com maior frequência pelos entrevistados. Em um segundo patamar de insatisfação aparece o valor da mensalidade, considerado elevado por parte dos beneficiários.
Quando os resultados são comparados à edição anterior do levantamento, realizada em 2021, observa-se que o contingente com avaliação mais negativa permanece estável, em torno de 14%. Ainda assim, os dados revelam um aumento no número de menções a aspectos que precisam ser aprimorados.
Além da demora no atendimento e do custo, destacam-se as demandas por redução da burocracia, melhoria na qualidade do atendimento e ampliação da rede credenciada, conforme apontado no gráfico da pesquisa.

Quem não tem plano
O estudo também ouviu pessoas que ainda não são beneficiárias de planos de saúde. Entre esse público, o preço e a falta de condições financeiras para arcar com a mensalidade aparecem como os principais entraves para a contratação do serviço.
Ainda assim, mesmo entre os não beneficiários, o plano de saúde suplementar é considerado um item de grande importância. Ao longo dos anos analisados, esse indicador nunca ficou abaixo de 85%, o que reforça a relevância do serviço para a população.
A única exceção identificada pela pesquisa é a cidade de Porto Alegre, onde a percepção de importância do plano de saúde é menor, atingindo 67% dos entrevistados.
Além disso, entre aproximadamente um terço dos participantes que já tiveram plano de saúde, as principais razões para não manter o benefício estão relacionadas ao alto valor das mensalidades, à demissão do emprego e, novamente, à falta de condições financeiras para sustentar esse tipo de despesa.
Para o diretor de mercado da Unimed Goiânia, Dr. Frederico Xavier, o período favorece reflexões mais profundas sobre prioridades. “Sabemos que o fim de ano é um momento de celebração, mas também de planejamento. Muitas famílias aproveitam esse período para reorganizar prioridades e investir naquilo que realmente importa, a saúde”.
