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DOENÇA DA PELE
Psoríase não é contagiosa e há tratamentos pelo SUS para controlar a doença
Especialista detalha sobre a doença e ressalta a importância do acompanhamento por um dermatologista.
Por:Susy Moreno | 29/10/2023 às 13:51
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O dia 29 de outubro é marcado pela conscientização mundial à psoríase, doença que afeta mais de 125 milhões de pessoas no mundo, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Caracterizada pela presença de manchas róseas ou avermelhadas, recobertas por escamas esbranquiçadas, é uma condição crônica e não contagiosa, mas que em casos severos pode comprometer a qualidade de vida do paciente.

A dermatologista Dra. Vitória Rego enfatiza a disponibilidade de tratamentos para o controle da Psoríase. “Ao identificar alguns dos sintomas, é fundamental buscar a orientação de um médico dermatologista, que é o profissional responsável pelo tratamento da doença”, destaca. Ela chama atenção também sobre o preconceito que há sobre as doenças de pele, e ressalta que ela não é uma doença contagiosa.

No Brasil, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) coordena as ações da data e alerta a população sobre a doença que afeta cerca de cinco milhões de pessoas no País, em especial os grupos de 30 a 40 anos e de 50 a 70 anos, sem distinção quanto ao gênero.

A Psoríase

De acordo com a SBD, a psoríase é uma doença autoinflamatória da pele, na qual por predisposição genética, junto com fatores ambientais ou de comportamento, causam o aparecimento de lesões avermelhadas e que descamam na pele. Acredita-se que ela se desenvolve quando os linfócitos T (células responsáveis pela defesa do organismo) liberam substâncias inflamatórias que promovem dilatação dos vasos sanguíneos e dirigem outras células do sistema de defesa para pele, como neutrófilos. Este processo de ataque inflamatório à pele faz com que esta responda acelerando sua proliferação, o que resulta na descamação observada nas lesões.

Centros de referência
No Brasil, existem Centros de Referência para o tratamento da Psoríase, assegurados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Na Bahia, destacam-se o Hospital Santa Isabel e o Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos (Hupes/UFBA) – um centro de referência que atende pacientes há mais de 20 anos. Essas unidades não realizam marcações diretas, os pacientes são encaminhados por meio do Sistema Vida e passam por uma triagem antes de serem acompanhados pelos especialistas.

Segundo a Dra. Vitória Rego, coordenadora do ambulatório de dermatologia no Hospital das Clínicas, atualmente há mais de 800 pacientes em tratamento da psoríase no Hupes. “Embora a doença ainda não tenha cura, é possível controlá-la. Temos à disposição um amplo conjunto de terapias, desde a fototerapia até o uso de novos medicamentos para um controle mais eficaz da doença”, destaca.

Sintomas
Os sintomas são definidos por: manchas vermelhas com escamas secas, esbranquiçadas ou prateadas, pequenas manchas brancas ou escuras, residuais após melhora das lesões avermelhadas; pele ressecada e rachada, às vezes com sangramento, coceira, queimação e dor; unhas grossas, descoladas, amareladas e com alterações da sua forma; inchaço e rigidez nas articulações e, em casos mais graves, destruição das articulações e deformidades. Os locais mais atingidos são o couro cabeludo, cotovelos, joelhos, palmas das mãos, plantas dos pés, unhas e tronco, com lesões em ambos os lados do corpo.

Tratamento
Conforme informações da SBD, cada tipo e gravidade de psoríase podem responder de maneira mais eficaz a um tipo específico de tratamento ou a uma combinação de terapias. O que é eficaz para uma pessoa pode não funcionar necessariamente para outra, uma vez que o tratamento é personalizado. Além das terapias medicamentosas, a fototerapia também é uma opção, sendo um tratamento realizado com luz ultravioleta e supervisionado por um médico.

 

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