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Refluxo gastroesofágico pode causar até câncer de esôfago

REFLUXO

Especialista explica que a doença precisa de atenção e cuidados específicos

Tempo de Leitura: 2 minutos

Cerca de 20% da população mundial possui refluxo gastroesofágico. No Brasil, em torno de 12% das pessoas sofrem com a doença, que é o retorno do conteúdo alimentar presente no estômago de volta para o esôfago, podendo causar inflamações locais, além de diversos outros problemas à saúde.

Segundo a Dra Thayla Amaral, cirurgiã especialista em Cirurgia Digestiva e Bariátrica, as escolhas feitas no dia a dia são fatores determinantes para o surgimento da doença digestiva. De acordo com ela o refluxo aparece quando há uma alimentação desregrada, com maior ingestão de carboidratos, fastfoods, refrigerantes, derivados da cafeína, frutas cítricas e pimentas, entre outros.

“Mas, não é só isso, alguns hábitos como se deitar após comer, ter sobrepeso ou obesidade, tabagismo, mastigação rápida, uso de determinados medicamentos, hérnia de hiato e alcoolismo também são causas relacionadas ao refluxo”, informa a médica.

Sintomas do refluxo
Pigarro, inflamação na garganta, queimação, tosse seca persistente, rouquidão, dor abdominal, dor no peito (podendo inclusive ser confundida com infarto), regurgitação de alimentos, soluço, erosão dos dentes, mau hálito, pneumonia, asma e bronquite, são os principais sintomas do refluxo.

Quadros alérgicos respiratórios também podem ter relação com o refluxo. Alguns pacientes que apresentam sintomas e fazem uma investigação para descobrir suas causas, podem ter alergias alimentares associadas que pioram o quadro dessa doença, como por exemplo, intolerância à lactose e ao glúten, presentes em boa parte dos carboidratos.

Atenção!
Mas engana-se quem acredita que o refluxo pode ser inofensivo à saúde. “A cronicidade da doença pode trazer alterações graves no esôfago, como o câncer de esôfago, que pode causar os mesmos sintomas de um paciente com doença do refluxo, adicionado de disfagia (dificuldade para engolir alimentos sólidos ou líquidos), emagrecimento importante, entalo, dor no peito e/ou anemia”, explica a médica.

Alimentação adequada
Alguns alimentos podem até ser prejudiciais para o refluxo, mas outros, como gengibre por exemplo, podem aliviar e ter potencial anti-inflamatório para o trato digestivo. As castanhas em geral, legumes em suas diversas variedades e frutas não ácidas também ajudam a melhorar o quadro e são extremamente benéficas.

Além de uma alimentação adequada e balanceada, também é recomendado o uso de medicamentos que podem ser por curto ou longo período. Para aqueles que não alcançam sucesso com o tratamento clínico da doença do refluxo, a recomendação é buscar ajuda de um cirurgião digestivo para avaliar se há a necessidade de um procedimento cirúrgico para a melhora do quadro.

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