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Saiba alguns fatores que aceleram doenças como Alzheimer

ADOECIMENTO MENTAL

Psiquiatra baiano participa do Psycon 2025 e explica o processo de adoecimento mental em idosos.

Tempo de Leitura: 2 minutos

Devido ao crescimento da população mundial, observa-se um aumento geral na longevidade. A taxa de indivíduos com mais de 70 e 80 anos tem crescido, e, à medida que a idade avança, os casos de Alzheimer também se tornam mais frequentes. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população com 60 anos ou mais cresceu 56% entre 2010 e 2022.

O Relatório Nacional sobre a Demência, publicado no final do ano passado, revela que 8,5% da população com 60 anos ou mais já convive com o Alzheimer, o que corresponde a aproximadamente 2,71 milhões de casos. De acordo com projeções do estudo, esse número pode chegar a 5,6 milhões até 2050, o que reforça a importância de estratégias para prevenção, diagnóstico precoce e tratamento da doença no país.

O psiquiatra Jefferson Meira, professor da UnexMED Jequié, participou da 6ª edição do Psycon 2025, realizada em São Paulo. O evento, promovido pela indústria farmacêutica indiana Torrent, integra o programa de educação médica continuada da multinacional no Brasil, do qual ele faz parte.

Um dos temas discutidos foi a relação entre transtornos psiquiátricos e doenças neurodegenerativas – degeneração progressiva das células nervosas (neurônios) no cérebro e na medula espinhal. Segundo o médico, “já está estabelecido que a resistência à insulina, a obesidade e as dislipidemias — alterações nos níveis de lipídios (gorduras) no sangue — são fatores que aceleram o processo de adoecimento mental e dificultam a ação dos medicamentos psicotrópicos”.

O Dr. Jefferson Meira explica que, nos últimos anos, pesquisas têm explorado o uso de medicamentos que atuam na resistência à insulina para retardar o envelhecimento cerebral e a neuroprogressão. O objetivo é melhorar o prognóstico e a evolução de transtornos psiquiátricos e doenças neurodegenerativas.

Fatores de risco
Ele também destaca que diversos fatores combinados podem aumentar o risco de desenvolvimento dessas doenças, incluindo histórico familiar, predisposição genética, estilo de vida, exaustão física ou psicológica e a exposição a estressores. “Todos esses elementos juntos elevam a probabilidade de surgimento de doenças neurodegenerativas”, afirma o professor.

Casos de demência que surgem antes dos 60 anos, e até mesmo antes dos 50, podem estar associados a mutações genéticas na proteína presenilina (proteína associada ao desenvolvimento de doenças neurodegenerativas). Além disso, fatores como sedentarismo, obesidade, tabagismo e consumo excessivo de álcool aumentam significativamente o risco de desenvolver Alzheimer. No entanto, a genética não é um fator determinante: manter um estilo de vida saudável pode reduzir consideravelmente as chances de desenvolver a doença”, alerta o médico.

Alzheimer
De acordo com o Ministério da Saúde, a Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade. A causa é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada.

A doença instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. Surgem, então, fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles. Como conseqüência dessa toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.

 

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