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Terapia alternativa segura para dores nas articulações

CÉLULAS-TRONCO

Saiba como a medicina regenerativa usa células-tronco para reduzir dores articulares, acelerar a recuperação e oferecer alternativas minimamente invasivas.

Tempo de Leitura: 3 minutos

A medicina regenerativa está revolucionando o tratamento de doenças articulares e musculoesqueléticas ao utilizar células-tronco capazes de reparar tecidos e estimular a regeneração natural do organismo.

Embora essa abordagem tenha surgido no ambiente de pesquisa, ela já se consolidou em clínicas especializadas e, progressivamente, tornou-se uma alternativa promissora para pessoas com dor crônica, inflamações ou desgaste nas articulações. Assim, cada vez mais pacientes encontram nesse método uma opção eficiente e menos invasiva.

As células-tronco atuam como verdadeiros “curingas biológicos”. Isso porque podem se transformar em diferentes tipos celulares, como cartilagem, osso e músculo, de acordo com a necessidade do local tratado. Além disso, produzem substâncias que reduzem a inflamação e aceleram o processo de reparo tecidual, o que amplia sua eficácia.

Foto: Freepik

O princípio é estimular o próprio corpo a se regenerar, oferecendo um tratamento mais fisiológico e menos invasivo do que as opções cirúrgicas tradicionais“, explica a reumatologista Emanuela Pimenta, da Clínica Ceder, em Salvador.

Na prática médica, as células-tronco mesenquimais adultas são as mais utilizadas. Elas são, geralmente, retiradas do próprio paciente, o que, consequentemente, reduz o risco de rejeição ou reações adversas. As fontes mais comuns são a medula óssea e o tecido adiposo.

No caso da medula óssea, o material é coletado por meio de aspirado, normalmente da pelve, e concentrado até formar o BMAC (Bone Marrow Aspirate Concentrate), altamente rico em células regenerativas e fatores de crescimento. Dessa forma, o procedimento mantém-se seguro e eficaz.

Além disso, o tecido adiposo permite a obtenção de dois derivados importantes: microfat e nanofat. O microfat combina células-tronco e tecido adiposo íntegro, sendo indicado para áreas que precisam tanto de sustentação quanto de regeneração. O nanofat, por outro lado, passa por filtragem até se tornar uma solução líquida rica em fatores bioativos, ideal para regenerar tecidos moles, articulações menores, tendões e até cicatrizes dolorosas.

O procedimento de coleta é simples, feito por lipoaspiração leve, e a aplicação pode ser realizada em ambiente ambulatorial, com anestesia local e alta no mesmo dia”, detalha a médica.

Terapia com células-tronco

A terapia com células-tronco tem se mostrado eficaz em diversas condições dolorosas, como artrose, artrite, tendinites, bursites, fasciítes e lesões musculares ou ligamentares. Além disso, também surge como alternativa para casos de dor lombar crônica e hérnia de disco, proporcionando melhora da mobilidade e alívio significativo da dor.

Muitos pacientes que antes dependiam de medicamentos contínuos ou aguardavam por cirurgias invasivas conseguem retomar a qualidade de vida com um tratamento que atua na causa da dor, a degeneração tecidual“, destaca Emanuela Pimenta.

Entre as principais vantagens dessa abordagem estão o curto tempo de recuperação, a segurança do procedimento e o baixo risco de complicações. Como utiliza células autólogas, o risco de rejeição é praticamente inexistente. Além disso, por ser minimamente invasivo, o tratamento pode ser realizado fora do ambiente hospitalar, o que facilita o retorno às atividades diárias e contribui para uma recuperação mais confortável.

Foto: Freepik

Para a reumatologista, entretanto, a expansão dessa área deve vir acompanhada de informação qualificada e orientação segura.

Ainda há muitos mitos e expectativas irreais em torno das células-tronco. É importante que o paciente busque centros especializados e profissionais habilitados, que utilizem protocolos baseados em evidências científicas”, ressalta. “A medicina regenerativa não é uma promessa futura: ela já é uma ferramenta concreta no combate à dor e na restauração da função articular”.

 

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