A campanha Março Lilás tem se mostrado essencial para o combate e prevenção de casos de câncer do colo do útero, que é o terceiro tumor mais frequente nas mulheres e a quarta maior causa de morte feminina por câncer, conforme dados do Ministério da Saúde. Muita gente desconhece que o Papilomavirus Humano (HPV) é responsável por quase 100% dos casos do tumor, segundo informações do Governo Federal.
Fabiana Porto (COREN-BA 80794), enfermeira e responsável técnica do IHEF Vacinas, destaca que a diminuição dos casos de HPV resulta em menos diagnósticos do câncer do colo do útero. “Além disso, é importante lembrar que a prevenção contra o HPV ajuda a prevenir também outros tipos de tumores, como o de vagina, ânus, pênis, boca e garganta”, conta a especialista.
Os dois principais meios de prevenção contra a doença são o uso do preservativo durante as relações sexuais e a vacinação. “A vacina do HPV está licenciada para pessoas de 9 a 45 anos da seguinte forma: duas doses para pessoas de 9 a 14 anos, com um intervalo de 6 meses; acima dos 14 anos, são três doses, com um intervalo de dois meses entre a primeira e a segunda e de 4 meses entre a segunda e a terceira”, esclarece Porto.
Para pessoas de 9 a 14 anos, a vacina HPV quadrivalente está disponível gratuitamente na rede pública como rotina. Já na rede privada, a vacina HPV nonavalente está disponível para as pessoas de 9 a 45 anos. Em Feira de Santana, o IHEF Vacinas é uma das opções para quem deseja receber o imunizante.
Prevenção é importante
Por ser um vírus de infecção silenciosa, o HPV não produz sintomas e reforça a necessidade de prevenção. Entre a infecção e o surgimento da primeira lesão que causa o câncer pode se passar um período de 10 anos.
Desse modo, a realização do exame preventivo, chamado de papanicolau, é essencial para rastrear as lesões percussoras do câncer. O exame deve ser realizado, anualmente, por qualquer mulher acima dos 25 anos.
“Incentivar as pessoas a buscar a prevenção através da vacinação e realização de consultas preventivas favorece um diagnóstico precoce e uma maior efetividade no tratamento e cura da doença”, finaliza Fabiana Porto.