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Foto: Pixabay

AVC pode causar quase 10 milhões de mortes anualmente até 2050 em todo o mundo

CÉREBRO/AVC

No Brasil, o AVC causou a morte de 12 pessoas por dia em 2023. Saiba mais sobre os sinais de alerta e como prevenir

Tempo de Leitura: 2 minutos

Uma das principais causas de morte, incapacitação e internações em todo o mundo, o AVC (Acidente Vascular Cerebral) matou 109.560 pessoas no Brasil em 2023, segundo dados do portal da transparência da Arpen Brasil (Associação de Registradores de Pessoas Naturais), o que equivale a 12 brasileiros por dia.

Existem dois tipos de AVC: o isquêmico, que ocorre quando falta sangue em alguma área do cérebro – sendo o mais comum e correspondendo entre 80% e 85% dos casos; e o hemorrágico, quando um vaso (do tipo artéria, raramente uma veia) rompe.

Em um episódio de AVC, cada minuto tem valor imensurável no salvamento de uma vida, já que a cada minuto em que o AVC isquêmico não é tratado, a pessoa perde 1,9 milhão de neurônios. “Por isso, identificar rapidamente os sinais do AVC e o socorro ágil evita o comprometimento mais grave que pode deixar sequelas permanentes, como redução de movimentos, perda de memória, prejuízo à fala e diminui drasticamente o risco de morte”, explica a presidente da Rede Brasil AVC e da World Stroke Organization, Sheila Cristina Ouriques Martins.

Sinais de alerta
Entre os sinais de alerta mais comuns estão fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo; confusão mental, alteração da fala ou compreensão; alteração na visão, no equilíbrio, na coordenação, no andar, tontura e dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.

O que fazer?
Ao suspeitar que alguém esteja tendo um AVC, é aconselhável pedir à pessoa para sorrir, observando se um lado do rosto permanece imóvel. Verifique também se ela consegue levantar ambos os braços para verificar se um lado está mais fraco ou se apresenta fala enrolada. “Ao perceber um desses sinais, o Samu (192) precisa ser imediatamente acionado “, ressalta a neurologista.

Estudo
Estudo da Comissão da Revista Científica Lancet Neurology em parceria com a World Stroke Organization(WSO), publicado em outubro no The Lancet Neurology – uma das mais respeitadas revistas científicas, estima que o AVC pode causar quase 10 milhões de mortes anualmente, até 2050, principalmente em países de baixa e média renda.
A pesquisa ressalta, ainda, que o cenário custará até US$ 2 trilhões por ano.

Prevenção
Entre as principais barreiras identificadas pelo estudo publicado no The Lancet Neurology, estão a falta de consciência da população sobre o AVC e os seus fatores de risco. “É possível prevenir até 90% dos casos de AVC controlando os fatores de risco, como hipertensão, diabetes, colesterol elevado, sedentarismo, excesso de peso, a alimentação não saudável, o tabagismo, abuso de álcool e o estresse”, destaca. “Ao adotarmos um estilo de vida saudável, reconhecermos nossos próprios fatores de risco e buscarmos assistência médica adequada, podemos diminuir significativamente o impacto do AVC em nossa sociedade”, conclui Sheila.

Sobre a Rede Brasil AVC
Uma organização não-governamental criada em 2008 com a finalidade de melhorar a assistência multidisciplinar ao paciente com AVC em todo o país. É formada por profissionais de diversas áreas que, unidos, lutam para diminuir o número de casos da doença, melhorar o atendimento pré-hospitalar e hospitalar ao paciente, melhorar a prevenção ao AVC propiciar a reabilitação precoce e reintegração social. Mais informações no site

Sobre a World Stroke Organization (Organização Mundial de AVC)
Único órgão global voltado exclusivamente para o AVC. Com cerca de 3.000 membros individuais e 90 membros da sociedade em todas as regiões do mundo, representa mais de 55.000 especialistas em AVC em ambientes clínicos, de pesquisa e comunitários. Mais informações aqui.

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