O Vaticano divulgou na segunda-feira (17), que os resultados dos exames do papa Francisco, de 88 anos, apontaram que o pontífice está com uma infecção polimicrobiana das vias respiratórias e apresenta um “quadro clínico complexo”. O líder religioso está internado no hospital Gemelli, em Roma, na Itália, desde a sexta-feira, 14, quando iniciou um tratamento para bronquite.
A Agência Brasil divulgou na tarde desta terça-feira (18) que o Vaticano informou sobre a realização de uma tomografia do tórax no Papa, a qual revelou o início de uma pneumonia bilateral—uma infecção que afeta ambos os pulmões, podendo dificultar a respiração e exigir tratamento farmacológico.
Infecção polimicrobiana
A infecção polimicrobiana é uma condição em que múltiplos tipos de microrganismos (como bactérias, vírus, fungos e/ou parasitas) estão envolvidos na infecção de uma pessoa ao mesmo tempo. Esses microrganismos podem atuar de forma conjunta ou competir entre si para causar danos ao organismo.
O infectologista do Hospital Anchieta, Manuel Palacios, observa que o diagnóstico representa uma condição médica complexa e desafiadora, por que em pacientes idosos, como o Papa Francisco, as infecções respiratórias polimicrobianas são particularmente preocupantes devido à diminuição da resposta imunológica associada ao envelhecimento.
“Esse tipo de infecção ocorre quando múltiplos microrganismos—como bactérias, vírus, fungos ou parasitas—simultaneamente infectam o trato respiratório, podendo agir de forma conjunta ou competitiva, o que complica o quadro clínico e torna o tratamento mais difícil“, destaca.
Tratamento
Além disso, ele reforça que o tratamento de uma infecção polimicrobiana requer uma abordagem multidisciplinar e personalizada. É fundamental identificar os agentes infecciosos específicos envolvidos para direcionar a terapia antimicrobiana de forma adequada. Além disso, medidas de suporte, como fisioterapia respiratória, hidratação e monitoramento constante dos sinais vitais, são essenciais para auxiliar na recuperação do paciente.
