Qual a diferença entre climatério e menopausa? – Portal ComSaúde Bahia
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SAÚDE DA MULHER
Qual a diferença entre climatério e menopausa?
Especialista explica sobre alguns sinais como onda de calor, queda da libido, cansaço e fadiga, aumento de percentual de gordura e ressecamento vaginal
Por:Redação | 25/01/2024 às 06:17

A queda hormonal e o fim do período fértil iniciam uma fase de muitas mudanças na vida da mulher. O Estudo Brasileiro de Menopausa, divulgado em 2022, apontou que as brasileiras iniciam essa fase, em média, aos 48 anos. É nesse período que termos como menopausa e climatério começam a fazer parte das conversas com o ginecologista e há ainda quem confunda o significado deles.

Especialista em ginecologia e fundador da Academia da Menopausa e Saúde da Mulher (AMSM), Dr. Jorge Valente explica o que significa cada uma dessas fases. “O climatério é a etapa da vida da mulher onde há queda dos hormônios e da fertilidade e todas as consequências dessa queda”, informa o médico. Conforme o especialista, uma das consequências dessa diminuição na produção hormonal é o fim da menstruação – que dura cerca de um ano, período que recebe o nome de menopausa.

Onda de calor, queda da libido, cansaço e fadiga, aumento de percentual de gordura e ressecamento vaginal são alguns dos sinais da chegada do climatério. Essa queda hormonal pode provocar ainda piora na qualidade dos cabelos, unhas e humor, ganho de peso, aumento do risco de doenças como obesidade, diabetes, osteoporose, dentre outros 300 sintomas.

Monitoramento e reposição
Para a realização do diagnóstico, é necessária a dosagem da taxa de hormônios no organismo, principalmente do hormônio luteinizante (LH) e do hormônio folículo-estimulante (FSH), que são os marcadores de que a mulher está entrando no climatério. “Já em relação a menopausa, o diagnóstico é clínico, com a observação da ausência da menstruação ao longo de um ano”, reforça o Dr. Jorge Valente.

Para diminuir os sintomas, a reposição dos hormônios que estão em falta é a melhor opção de tratamento. Segundo o médico, ela é recomendada quando a paciente não evidencia nenhuma contraindicação após a realização de uma investigação clínica-laboratorial de exames.

De acordo com a farmacêutica e fundadora da Singular Pharma, Edza Brasil, as mulheres podem fazer a reposição ou modulação de ativos que auxiliam nos diversos sintomas do climatério. “Esses produtos atuam no organismo regulando as taxas hormonais de testosterona, estradiol e progesterona. Quanto antes a mulher iniciar a modulação da resposta inflamatória, melhor será o resultado”, explica a farmacêutica.

Ela elenca que, além dos hormônios, produtos como imunomoduladores, fitoquímicos e nutracêuticos podem ajudar a amenizar os sintomas do climatério e fornecer uma melhor qualidade de vida para a mulher. “Mas a paciente deve sempre estar acompanhada pelo seu médico, para que ele possa avaliar o melhor protocolo para desinflamar o corpo, suplementar, fazer reposição hormonal e tratar os demais sintomas”, afirma Edza Brasil.

Qualidade de vida
A reposição hormonal e o tratamento dos demais sintomas do climatério vão garantir uma maior qualidade de vida para a mulher. Mas é importante ter em mente que uma melhor manutenção da saúde, especialmente nesta fase da vida, exige uma revisão dos hábitos cotidianos, incorporando a atividade física, melhora na alimentação, combate ao estresse e uma melhor rotina do sono.

“Um bom estilo de vida é fundamental para a manutenção da saúde e redução das doenças neste período. Esses hábitos, que chamamos de um bom estilo de vida, são fatores que vão frear a velocidade com que a queda dos hormônios ocorra”, finaliza o Dr. Jorge Valente.

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