Informações da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) mostram que, em comparação com o ano passado, os 6 primeiros meses deste ano apresentaram um aumento de 28,3% de casos prováveis de dengue no Estado. Além disso, alguns casos na forma grave subiram exponencialmente em 168% comparando com o mesmo período do ano passado.
Esse aumento de notificações da doença acende um alerta importante para os órgãos de saúde, principalmente com a proximidade das estações mais quentes do ano. A imunização, aliada aos cuidados para barrar a proliferação do Aedes aegypti, colabora na prevenção do agravamento dos casos de dengue.
Produzido pelo laboratório Takeda, o novo imunizante Qdenga (TAK-003) possui licença da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e está disponível somente na rede privada podendo ser administrada em pessoas de 4 a 60 anos, inclusive em indivíduos que não tiveram a doença. O Ministério da Saúde não deu previsão para o início da distribuição na rede pública de saúde (SUS), pois apesar da aprovação da Anvisa, o imunizante ainda precisa passar pela análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS (Conitec).
De acordo com o infectologista e consultor técnico do Sabin Diagnóstico e Saúde, Claudilson Bastos, a vacina protege contra todos os quatro tipos do vírus causadores da doença, além de prevenir mais de 80% dos casos gerais de dengue e na redução em 90% os casos de hospitalização.
Exame unificado
Novidades também são encontradas no setor de diagnóstico da doença. O número de ocorrências de zika e chikungunya também aumentaram na Bahia e, para apoiar a detecção desses três arbovírus (dengue, zika e chikungunya), o Sabin disponibiliza um exame unificado, que utiliza técnica de biologia molecular RT-PCR capaz de identificar os vírus ainda na fase aguda, quando está replicando. Isso acontece nos cinco primeiros dias dos sintomas. Antes, os pacientes precisam fazer exame específico para cada vírus, o que acontecia após 10 dias das primeiras manifestações.
A rapidez e eficiência promovidas pelo exame unificado, de acordo com a coordenadora do Núcleo Técnico Operacional (NTO) do Sabin, Híbera Brandão, propicia uma maior agilidade no início do tratamento dos pacientes. “Isso acontece também porque o teste apresenta excelente sensibilidade e especificidade, auxiliando o médico a iniciar o mais rápido possível o tratamento já no início das manifestações, evitando possíveis complicações”, pontua.
INFORMAÇÕES IMPORTANTES
Transmissão
As arboviroses (Zika, Chikungunya e a Dengue) são adquiridas através da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti contaminado.
Sintomas
A Dengue e a Chikungunya têm sintomas e sinais parecidos, enquanto a Dengue se destaca pelas dores nos corpo, a Chikungunya se destaca por dores e inchaço nas articulações. Já a Zika se destaca por uma febre mais baixa (ou ausência de febre), muitas manchas na pele e coceira no corpo. Os sintomas comuns a todas são febre alta (acima de 38°C), dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas;
Prevenção
A única forma de evitar as três doenças é com o combate do mosquito transmissor, através da eliminação dos criadouros com água parada dentro de casa, no trabalho e nas áreas públicas.
#FicaDicaComSaúde
tem o objetivo de mapear zonas com focos do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da Dengue, da febre Chikungunya e do vírus Zika. O mapeamento é feito por meio de geolocalização, utilizando o GPS do aparelho celular, e o usuário não precisa divulgar a sua identidade. Os usuários fotografam e informam locais com possíveis criadouros do mosquito e as informações coletadas são transmitidas para os órgãos municipais competentes, para que sejam tomadas as devidas providências.