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Cerca de 50% da população mundial sofre com doenças bucais, sendo a cárie a segunda mais comum

SAÚDE BUCAL

Frente a tantas doenças que podem acometer a saúde bucal, o mais importante é que grande parte delas pode ser evitada.

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Ao longo da vida, é quase inevitável não vivenciar a dor de dente, tendo ela diversos fatores desencadeantes. Na maioria das vezes, esse tipo de dor é proveniente da presença de cárie dental, que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é a segunda doença mais comum em todo o mundo, perdendo apenas para o resfriado.

De acordo com o levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), feito em 194 países, cerca de 3,5 bilhões de pessoas, o equivalente a 45% da população mundial sofrem com doenças bucais. A cada quatro casos de doença bucal, três ocorrem em países pobres. O relatório apontou o surgimento de um bilhão de novos casos nos últimos 30 anos.

O Ministério da Saúde (MS) relatou, em 2022, que a doença afeta mais de 50% das crianças de até 5 anos, aproximadamente 80% dos adolescentes e quase 100% da população adulta. Aos 12 anos, idade referência para a OMS, o índice de dentes cariados, perdidos devido à cárie e restaurados foi 2,071. A distribuição da doença é desigual, com maior prevalência nas populações mais vulneráveis socioeconomicamente

A cárie
A cárie dentária é um processo bacteriano, no qual a dieta tem um papel de destaque para o surgimento/prevalência da doença. A partir da formação do biofilme, que é uma fina camada de bactérias aderida ao esmalte dentário, essa película fica cada vez mais espessa à medida que é ingerido alimentos e não realizado uma higiene oral adequada.

O dentista, Dr. Roberto Gamarano, explica que a escovação e o uso de fio dental são responsáveis por desorganizar e remover/diminuir essa camada de biofilme. “O flúor do creme dental irá participar do processo de remineralização do esmalte que pode começar a se deteriorar devido a acidez causada pela presença do biofilme. Ou seja, a higiene bucal adequada é essencial para interromper um possível processo cariogênico”, diz.

No início, esse problema pode passar despercebido, gerando apenas manchas brancas. Isso porque a cárie é estabelecida uma vez que o processo de desmineralização do esmalte dentário não é interrompido, geralmente se dando por pequenas manchas brancas. O esmalte não apresenta terminações nervosas, por isso costuma-se sentir dor somente quando a lesão já está bem evoluída.

Consumo de doces
Segundo o dentista, quando o açúcar é consumido, a sacarose favorece a fermentação bacteriana. Ou seja, há um desenvolvimento das bactérias que em desequilíbrio podem ser nocivas para a saúde bucal. Ao interagir com a sacarose, essas bactérias produzem ácidos, que irão causar a desmineralização do esmalte dentário, processo que se não for interrompido, causará a doença cárie.

Doenças mais comuns
De acordo com o MS, as doenças periodontais são condições muito comuns na população, e sua forma severa é considerada a sexta condição crônica que mais ocorre no mundo. Nesse ranking, a periodontite severa fica abaixo apenas da cárie não tratada em dentes permanentes (1ª condição), dores de cabeça por tensão (2ª condição), enxaqueca (3ª condição), doenças fúngicas da pele (4ª condição) e outras doenças da pele e região subcutâneas (5ª condição).

Os agravos mais comuns na população são: Cárie dentária, Lesões bucais, Câncer de boca (lesões malígnas), Mau hálito, Placa dentária (biofilme dental), tártaro (endurecimento da placa dentária) e Gengivite (inflamação na gengiva.

Acesso aos cuidados odontológicos
A falta de acesso a cuidados odontológicos adequados pode contribuir para a prevalência de cáries. “Pelo fato de ser muito difícil que a pessoa veja uma cárie em estágio inicial, apenas o dentista a partir de uma avaliação clínica e, se necessário, radiográfica, poderia detectar e propor um tratamento antes que haja um avanço da doença”, afirma Dr Roberto.

O dentista é o melhor profissional para levar uma orientação de higiene bucal adequada, além de determinar outros fatores de risco. “Ou seja, a falta de acesso a cuidados odontológicos podem prejudicar muito a saúde bucal”, reitera o dentista.

De acordo com o MS, combater a dificuldade de acesso à saúde bucal, principalmente para a população mais vulnerável e em regiões de vazios assistenciais, é uma das principais diretrizes do Programa Brasil Sorridente.

Programa Brasil Sorridente
O Governo Federal sancionou, em maio deste ano, o projeto de lei nº 8131/2017 que inclui a Política Nacional de Saúde Bucal, também conhecida como Brasil Sorridente, na Lei Orgânica da Saúde. Segundo o documento, a oferta de serviços odontológicos não pode ser interrompida ou colocada em segundo plano por gestores federais, estaduais e municipais.

Aprovada pelo Congresso Nacional em novembro de 2022, a proposta de lei prevê o acesso universal, equânime e contínuo aos serviços de saúde bucal, que passam a integrar o SUS definitivamente.

A primeira medida adotada pelo Ministério da Saúde, em 2023, é a ampliação do atendimento com o credenciamento de 3.685 novas equipes de saúde bucal e 630 novos serviços e unidades de atendimento. O investimento nessas novas habilitações soma R$ 136,87 milhões em 2023.

Prevenção
Frente a tantas doenças que podem acometer a saúde bucal, o mais importante é que grande parte delas pode ser evitada.

“Escovar os dentes corretamente após todas as refeições, usar o fio dental regularmente, diminuir a quantidade e frequência de ingestão de doces e bebidas açucaradas e visitar o dentista regularmente, são maneiras de prevenir a cárie e outras doenças relacionadas”, conclui o Dr. Gamarano.

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Programa Saúde na escola – Ministério da Sáude

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